domingo, 24 de maio de 2015

Falando de Portugal!

Ola de novo caros leitores, estamos de volta para mais um Portugal Potencial.
A nossa ausência não se deve a uma perda de potencial de Portugal ou a falta de projectos para apresentar, mas a falta de tempo e por vezes a preguiça da minha pessoa. Sinceridade acima de tudo, pois um dos segredos do sucesso é assumir sempre as falhas e aplicar acções para as corrigir.
Portugal e os portugueses continuam a dar cartas nas mais diversas áreas, sejam elas industriais, sociais ou desportivas. A saída da crise que acontece gradualmente é, em grande parte, causada pela persistência e trabalho de muitos portugueses. Não são as medidas governamentais que asfixiam as pequenas e medias empresas que estão a impulsionar a economia, mas a coragem e a visão de muitos portugueses que não baixam os braços e não se rendem ao destino desgraçado e triste. Esta energia positiva, esta persistência tem de ser contagiante e têm de ser a base para um país mais forte. Não devemos deixar que ninguém diga o que devemos fazer ou como devemos seguir, mas devemos ser conscientes e traçar caminhos que nos levem a um estado de maior coesão económica e social.
Para mostrar como em época de crises é que se geram as maiores ideias, e para mostrar que em Portugal a criatividade não tem limites, deixo abaixo duas noticias que demostram isso mesmo. Uma das notícias não é recentes, mas demonstra como em meio de uma época conturbada a criação continua. A primeira apresenta 3 projectos de arquitectura que ganharam o prémio "Archdaily Building of the Year".


O segundo artigo mostra-nos 12 marcas portuguesas a ter em atenção, pois têm um grande potencial de crescimento e de internacionalização.


Espero que estes artigos os motivem a criar mais, pois todos somos seres criadores em potencial. Ate ao próximo artigo do nosso Portugal Potencial. 

Autor: Hector Nunes

sábado, 21 de março de 2015

Novas fronteiras tecnológicas Portuguesas

Olá novamente caros leitores do Portugal Potencial, cá estamos mais uma vez para dar a conhecer a capacidade criativa e inovadora que existe em território nacional. Recordo que não é necessário sairmos de Portugal para encontrar tecnologia, inovação e avanços científicos nas mais diversas áreas. Os Portugueses demonstram que dentro e fora de portas podem ser os melhores, e a valorização das nossas capacidades é o caminho para a recuperação económica nacional.
A necessidade aguça o engenho” é um provérbio bem adequado para a fase em que se encontra o nosso Portugal. A necessidade de exportar e criar riqueza para equilibrar a balança económica tem obrigado o sector empresarial a aumentar seus conhecimentos e a apresentar soluções mais inovadores. Diversos são os casos de mudanças de políticas empresariais, ou a adaptação de sectores industriais para acompanhar a procura do mercado comercial nacional e internacional. As empresas têm aumentado a pesquisa no avanço, tentando prever tendências e indo ao encontro antecipadamente daquilo que o público irá necessitar. Ver mais além do horizonte próximo é a maior vantagem das empresas nesta corrida desenfreada de produtos e serviços.



A Vision-Box é um exemplo de uma empresa Portuguesa que consegui estar à frente desta corrida tecnológica apresentando ao seu público um produto inovador e único. Esta empresa é especialista em sistemas de segurança electrónica e biométrica. Cria e desenvolve equipamentos e software para segurança de aeroportos e fronteira, que lêem documentos electrónicos e recolhem dados biométricos (traços do rosto, da íris do olhos e das impressões digitais). O cruzamento destes dados é de extrema importância para locais como aeroportos ou fronteiras terrestres.
O seu trabalho constante na inovação e desenvolvimento de equipamentos e software para sistemas de segurança têm permitido que se afirme a nível internacional, sendo que já estão presentes em 4 continentes, sendo que, já abrangem mercados mais complicados e exigentes, como o mercado nórdico. A Vision-Box exporta 80% da sua produção. Esta empresa está também envolvida em diversos projectos a nível nacional e têm perspectivas de crescimento dentro de portas.


A capacidade criativa e inovadora da Vision-Box já foi premiada com “ID People EMEA Awards 2011” e com o prémio de liderança e penetração de mercado “2013 EUROPEU FRONTEIRA CONTROL & BIOMETRICS” entre outros reconhecimentos.

Este foi mais um Portugal Potencial, continuem connosco a conhecer o melhor que existe em Portugal. 
Auto: Hector Nunes


sábado, 21 de fevereiro de 2015

Um tempero a Portugal

Hoje é um bom dia para mais um Portugal Potencial e espero que estejam aí, amigos e seguidores, para conhecer o melhor deste nosso Portugal. Todos os dias têm de ser dias potenciais e de inovação que nos permita mostrar o quão criativos e produtivos somos. Hoje trago-vos algo bem temperado, ou melhor, algo que permite temperar a vida com sabor a campos e montes Portugueses, a Paladin.

Imagem de marca PALADIN
A Paladin é uma das marcas de temperos da empresa Mendes Gonçalves e Filhos, LDA.. Esta empresa labora desde 1982 e começou por produzir vinagre de figo, utilizando os frutos locais da Golegã. A Mendes Gonçalves tinha uma relação muito forte com seus produtores, permitindo a esta demarcar-se com um produto novo e de elevada qualidade. Esta simbiose permitiu-lhe crescer e conquistar o mercado nacional e internacional. A capacidade inovadora e a vontade de dar ao seu público-alvo mais sabor e qualidade permitiram que esta empresa fosse reforçando sua presença em vários mercados internacionais.

Diferentes produtos da PALADIN

          A Paladin não é só uma marca de vinagre de figo, mas também uma marca de temperos e molhos diversos de elevada qualidade e que potencializam os produtos da região. Desde o molho de coentros e alho, até ao molho à cervejaria, passando pela clássica maionese e mostarda. Esta empresa tenta criar sabores novos e com paladar mediterrânico, como é o exemplo do molho Fondue orégãos e azeitonas, mas também tentam captar outros paladares de continentes distantes como a Ásia, apresentando produtos como molho Fondue manga & caril ou molho para sushi.
Outro dos seus produtos de qualidade é a massa de tempero, que permite dar aos cozinhados um toque especial. Entre estas estão as clássicas massas de alho, de pimentão, de vinha d´alho e o tempero para frango. Os piri-piris aromatizados são a sua nova aposta, e apresentam-se como um produto de destaque.
A sua presença pelo mundo é uma realidade e podemos encontrar os produtos Paladin, produtos 100% Portugueses, nas prateleiras dos supermercados da França, Polónia, China, Marrocos, entre outros mercados. A Paladin pretende ainda entrar brevemente no mercado Indiano. 
     Esta empresa, esta marca nacional é um excelente exemplo de perseverança e determinação que deu frutos. A sua equipa criativa e sem medo de arriscar tem permitido à Paladin abrir portas novas e encontrar novos caminhos para chegar ao seu público, mantendo a excelente relação com seus colaboradores e com a sua região de implantação.
Este é mais um bom exemplo da capacidade portuguesa, que não é inferior e nenhuma outra e que pode ser a única saída para a crise. Acreditar na nossa capacidade e na nossa força de vencer é a única solução viável. Espero que tenham gostado. 

Autor: Hector Nunes




sábado, 6 de dezembro de 2014

O sabor frio a Portugal

Marca nacional Fabridoce
Cá estamos de novo para este nosso Portugal Potencial. Hoje trago-vos um sabor de verão, nestes dias de inverno. Há quem não dispense, mesmo em dias frios, a frescura e o sabor de um bom gelado. Muitas são as marcas de gelados que deliciam os paladares mais refinados, mas nenhuma sabe a Portugal como a que iremos apresentar de seguida.


Gelado artesanal  GELADOS DE PORTUGAL
      A Gelados de Portugal é uma marca da empresa Fabridoce. A Fabridoce é uma empresa portuguesa do ramo alimentar que criou uma gama de gelados que capta os sabores tradicionais portugueses. A Gelados de Portugal foi lançada em 2013 e é a sua grande aposta. Os seus gelados pretendem mostrar os sabores mais tradicionais da doçaria portuguesa de uma forma menos comum. Entre os sabores mais tradicionais está o gelado de Ovos moles e o gelado de leite creme. Outros gelados reportam a várias regiões do país, como o gelado de banana da Madeira e pepitas de chocolate ou o gelado de Requeijão e doce de abóbora.


Imagem promocional dos Gelados de Portugal 

      A Fabridoce foi criada em 1989 na cidade de Aveiro, tendo como principal produto de produção os tradicionais Ovos Moles, característicos da região. A empresa além de produzir Ovos Moles, produzia outras iguarias da doçaria e pastelaria portuguesa. Em 1992 expandiram a empresa, mudando suas instalações para a zona industrial de Cacia, onde aumentaram a aposta na doçaria conventual Portuguesa. No ano 2000 os produtos Fabridoce entram nas prateleiras das grandes superfícies comerciais e permitindo-a marcar posição no ramo da produção e distribuição de pastelaria e doçaria tradicional. Este salto foi acompanhado por uma preocupação em inovar e controlar todos os processos de produção de forma a garantir a excelência na qualidade. A Fabridoce foi a primeira empresa na região de Aveiro em preocupar-se com a segurança alimentar, implementando diversos sistemas e medidas de controlo.  

      Atualmente a Fabridoce labora com 30 operadores qualificados e especializados que têm desenvolvidos diversos equipamentos que permitem uma maior produção, mas mantendo seu caracter tradicional, sem deixar para trás o sabor mais português. O lema da Fabridoce é “Inovar mantendo a tradição” e demostra bem a potencialidade que existe no tradicional e português, mostrando a sua diferenciação em relação aos outros produtos.

      Todo o trabalho da Fabridoce tem-lhe valido o prémio em diversos anos de PME de excelência, e a sua visão tradicional virada para o futuro e para a inovação permitir-lhe-á ganhar num futuro mais prémios.

      Este foi mais umdoce e saboroso Portugal Potencial, que espero que tenha deixado nossos leitores com água na boca, ou pelo menos com a curiosidade apurada para este produto. Um abraço a todos os nossos leitores. 

Autor: Hector Nunes

domingo, 26 de outubro de 2014

Dos frutos do cactus

      Bom dia caros leitores, depois de uma ausência prolongada aqui estamos de volta, para divulgar o que há de bom em Portugal. Diversos foram já os exemplos que vos apresentei, e ainda muitos serão os que vos irei apresentar. Em todo Portugal há inúmeros produtos, por vezes únicos na Europa e no Mundo, que são desconhecidos da generalidade dos portugueses. Fazer conhecer o que de bom existe em Portugal é a nossa missão.
      Hoje trago-vos um produto que me surpreendeu de diversas formas, o Cactus Extractus. A Cactus Extractus produz polpa e óleo de figo-da-índia. O figo-da-índia ou tabaibo (nome comum na Ilha da Madeira) é o fruto de um cacto conhecido como figueira-da-índia ou tabaibeira. Esta planta é comum em zonas áridas e apresenta-se como um cacto suculento, ramificado que pode apresentar uma altura que varia do 1,5 aos 3 metros. Esta pode estar coberta de espinhos e as suas flores ostentam uma coloração amarela ou alaranjada. O seu fruto é um fruto muito suculento, contendo uma grande quantidade de sementes. O figo-da-índia apresenta alto teor em fibras, vitamina A e ferro.

Figueira-da-índia e seus frutos
Figo-da-índia no Mercado dos lavradores, Madeira
      No território nacional, a figueira-da-índia é comum nas regiões do Algarve, Alentejo e na ilha da Madeira. Existem registos que o consumo do figo-da-índia remonta a 9000 anos atrás.  A nível nacional, até bem pouco tempo, este era um fruto pouco conhecido e consumido, sendo que estava restrito às zonas onde era comum nascerem naturalmente estas plantas. Devido a todas as propriedades apresentadas por este fruto, alguns agricultores despertaram o seu interesse na sua produção. Industrias como a indústria alimentar e a dos cosméticos começaram a ficar interessadas nas suas propriedades benéficas, e na sua possível aplicação. Foi por estas razões que nasce a Cactus Extractus.
Marca nacional de óleo de figo-da-índia
      A Cactus extractos produz polpa de figo-da-índia e óleo extraído das sementes deste mesmo fruto. Os seus produtos são biológicos e produzidos totalmente em Portugal, estão direccionados para as indústrias alimentar e cosmética biológica. Todos os produtos estão certificados. A sua produção acaba por estar focada na produção de matérias-primas para outras indústrias. Esta especialização permitiu-lhes criar um nicho de mercado com pouca concorrência.

O Cactus Alchemy é o óleo de figo-da-índia 
      A equipa principal que está por detrás da Cactus extractus é composta por Teresa, de 54 anos, a Mariana, de 38 anos, e o Rui, de 43 anos. Eles vieram de áreas bem distintas como a gestão e a informática, ou engenharia civil, mas a sua motivação e empenho permitiu-lhes criar um produto novo, e recuperar um produto agrícola algo abandonado, e dar-lhe uma nova vida. Para conhecer mais sobre a Cactus Extractus viste www.cactusextractus.com.
      Este é mais um exemplo da recuperação de culturas abandonadas e do direcionamento dos recursos para novas aplicações. Fica aqui mais esta demostração do potencial, da criatividade e do empenho deste Portugal Potencial.

Autor: Hector Nunes

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Uma desgraça bem portuguesa (BES)

      

      Olá caros leitores, hoje cá estou para mais um artigo do Portugal Potencial. O artigo de hoje será um artigo de opinião sobre um dos temas mais badalados em Portugal, o caso BES. A razão que me leva a fazê-lo assenta em algumas das razões pela qual Portugal não consegue mudar e melhorar. Este artigo será meramente de opinião própria, dando a conhecer a minha visão sobre esta novela em que se tornou o caso BES. A minha opinião baseia-se na análise reflectida de varias informações, e tem em conta vários ângulos da história.  
      O Banco Espírito Santo, uma das entidades bancarias mais antigas do nosso país, nas últimas semanas foi alvo de notícias constantes devido a um buraco nas contas que o colocou numa situação muito crítica, levando ao desaparecimento do próprio banco. Um banco que se “apresentava” sólido dá um tombo imenso e cai na mais profunda lama. A questão maior deste problema é “quem são os culpados” desta situação. Muito se tem dito, muito se tem escondido, muito se virá a descobrir. Está é uma novela que esta a colocar muitos portugueses a chorar e deixou alguns indivíduos a rir-se, mas ainda falta muitos capítulos.
Muitas vezes ouço a expressão “somos o país do chico esperto” e fico a raciocinar neste pensamento com um sentido avassalador de pesar e desconforto. Este chico espertismo aparece dia trás dias até nos lugares mais simples e onde tudo se inicia, nas escolas. Numa análise mais abrangente, o “passar a perna” ou o ser mais esperto é culturalmente cultivado e tornou-se uma prática recorrente. Outra tendência muito recorrente é o “Factor C”, utilização de cunhas para atingir os objectivos, passando por cima de pessoas que lutam com mérito. Estas duas “manias” se combinam na nossa sociedade funcionando com empecilhos, pedras na engrenagem, que não permitem um desenvolvimento mais acentuado.


      Voltando a temática inicial, o caso “BES” é uma demostração clara de chico espertismo e de corrupção a altos níveis. A corrupção implantada nos altos cargos da nação e nos altos cargos da empresa são os responsáveis por toda a crise nacional. Os “primos”, “afilhados” e “compadres” dentro da política e entre a política e as empresas provadas gera uma onda de fraudes e roubos que são a causa do nosso mal. A cobertura da classe política a estes “ladrões de colarinhos” transforma Portugal num país pouco viável e sem rumo. A culpa morre solteira na maioria dos casos de corrupção e não a pena de prisão que se cumpra na íntegra, ou sanção suficiente para repor todo o mal causado à sociedade. Muitos pagam pela falta de integridade dos outros, e assim corre o rio das desgraças portuguesas.
      No caso do Banco Espírito Santo podemos ver uma combinação bombástica dos males da nossa sociedade, que culminaram num desastre nacional que promete encher manchetes de jornais por dias. A incapacidade do governo de controlar ou limitar a influência da banca sobre a divida pública, a corrupção causada pela ligação entre os senhores da banca e os partidos políticos, o jogo do esconde-esconde das verdades sobre a crise do banco são alguns dos exemplos das pedras na engrenagem “BES”. O banco de Portugal, responsável por controlar e gerir a banca não é capaz de ter resposta atempada e concisa para evitar esta catástrofe. Os accionistas do “BES” entre eles a família espírito santo, que já esta dentro do negócio a algumas gerações, não sabem verificar e controlar seus altos cargos, e não têm a preocupação de fazer um controlo mais rígido sobre seus interesses. 



      Uma série de falhas e de incapacidades desembocam numa “nacionalização” disfarçada. Muito se esconde no estado e não se dá a saber sobre as linhas desta ajuda ao banco. Os comentadores políticos dividem-se em opinião e vão maquilhando o caso de acordo com a bandeira que defendem. Como se diz em bom Português, cada um puxa a brasa à sua sardinha enquanto o povo arde e desespera sabendo que pagaram o pato que não comeram. Todos sabemos que em outras situações, recentes, os amiguinhos roubaram os bancos, fugiram com o dinheiro e quem acabou por sofrer foi o povo. Esta novela a estilo TVI, não tem um fim à vista e muita tinta corre.
      Já dizia Henry Ford “convém que o povo não perceba como funciona o sistema bancário e monetário, pois se percebesse acredito que haveria uma revolução antes de amanhã de manhã”. Está verdade é incontornável e o povo do século XXI já deveria ter tido capacidade de fazer esta revolução. Uma incapacidade de mudar e uma incapacidade de gerar mudança invadiu a forma de estar dos portugueses. Várias seriam as revoluções necessárias para remover as pedras da engrenagem e criar uma máquina à prova de pedras. 
      A culpa não pode morrer solteira nem os “ladrões de colarinho branco” podem passar uns anos ou meses na cadeia e depois sair como se nada tivessem feito. Os crimes contra o estado devem ser condenados como crimes contra a sociedade civil e não podem ser geridos de forma ligeira. A justiça tem de ser reformulada e tem de poder penalizar mais severamente este tipo de crimes. Além da severidade das penas, estes casos devem ser geridos rapidamente para evitar maiores danos.
      Muito mais haveria a dizer e em relação à novela “BES” muitas mais conclusões há a tirar. Este é um artigo mais generalista, que tenta focar as causas deste desastre e tenta ter uma visão mais abrangente sem focar-se em dados mais específicos do caso “BES”. É necessário que todos, com os dados que temos façamos uma análise introspectiva profunda sobre este caso, e tentar tirar conclusões que nos permitam evoluir e tentar fazer algo mais. Está na hora de começarmos a conhecer a banca e gerar a revolução. Espero que tenham gostado deste artigo do Portugal Potencial.

Autor: Hector Nunes



quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A Brisa da Madeira que tarda a chegar ao Continente


      Olá caros leitores, hoje é um dia solarengo e nada melhor que uma boa companhia numa explanada e uma bebida fresca. Quando falamos de bebidas de verão todos têm em mente uma cerveja fresquinha, uma coca-cola com gelo ou um 7up com limão. Cada qual tem a sua preferência, e há quem se fique por uma boa e saudável água fresca. A bebida que me lembra o verão é uma bebida caricata pelo seu nome, uma Brisa.
      Não é a Brisa que corre nas praias no verão, nem a companhia que gere as auto-estradas mas sim a marca Madeirense de refrigerantes. Esta marca é um traço característico da Ilha, sendo que é um dos produtos que deixa mais saudade ás pessoas que já não estão em seu território. A Empresa de cerveja da Madeira (ECM) é a maior empresa regional de produção e distribuição de bebidas, certificada pelas normas nacionais e europeias (ISO 9001 e ISO 14001). Fabrica, comercializa e distribui marcas próprias de cervejas, refrigerantes e águas. A ECM é também representante de marcas prestigiadas noutras categorias (espirituosas, vinhos, sumos e néctares, águas, leites, azeites, vinagres e molhos). Esta empresa faz parte do universo do Grupo Pestana, maior grupo hoteleiro português, já com forte investimento internacional, sendo que é a qualidade e garantia das marcas da ECM. Esta qualidade deve-se sobretudo a uma longa experiência fabril dos seus mais de 130 anos. Além da Brisa, a ECM apresenta ainda as marcas de cerveja coral e Zarco. Na gama dos refrigerantes conta ainda com o Brisol e a Laranjada.


      A Brisa é uma marca genérica que conta com quatro sabores, Brisa maracujá, Brisa maçã, Brisa limonada e Brisa laranja. A mais apreciada pelo público é a Brisa maracujá, foi criada em 1970 sendo o 1º refrigerante no mundo produzido com base de sumo de maracujá puro. O facto da sua produção ser realizada com 100% sumo de maracujá é bem visível quando a garrafa fica em repouso, pois pode verificar-se a separação da água e da polpa que se deposita na parte inferior da embalagem. Dentro dos produtos Brisa a outra bebida que se destaca é a Brisa maçã que apresenta um sabor intenso a maçã comparado com outros refrigerantes.
      A ECM conta com 143 medalhas atribuídas pela Monde Selection, das quais 83 de Ouro e 36 de Grande Ouro. As bebidas com maior número de medalhas são a Coral Branca com 24 medalhas e a Brisa Maracujá com 23 medalhas. A atribuição destas medalhas prova a perseverança e o trabalho realizado pela ECM ao longo dos anos.


      Um facto não compreensível é a falta de distribuição e divulgação deste produto a nível Nacional. Quem vive no território continental e nunca visitou a Ilha da Madeira não conhece este produto. Diversos são as pessoas que por motivo de trabalho saíram da ilha rumo a Portugal Continental e sentem saudades desta maravilha madeirense. Apresentando estes níveis de qualidade e reconhecimento deveria ser uma bebida de consumo nacional e com uma maior força. Nos últimos tempos algumas cadeias de comércio como o grupo LIDL e o Pingo Doce têm vindo a trazer estes produtos, ainda com baixa frequência para as prateleiras dos seus supermercados. O preço apresentado por estes é que os torna pouco apelativos e não têm permitido mostrar o real potencial. Esperemos que este cenário venha a mudar e em breve a Brisa da Madeira chegue ao “Continente” trazendo assim seu belo sabor nos dias de verão.
      Esta é a Brisa que vos trago hoje, uma marca de prestígio, que está ainda pouco divulgada mas que poderia invadir as explanadas e casas num Verão futuro. Espero que tenham gostado e continuem a acompanhar este Portugal Potencial.

Autor: Hector Nunes