segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Vestido de azulejo



    Desde os tempos pré-históricos o ser humano utiliza peças de vestuário. Este foi criado, inicialmente, como uma necessidade primária para a proteção contra o frio e as intempéries, sendo que à medida que a sociedade foi evoluindo o vestuário tornou-se um elemento crucial de demarcação de culturas e épocas. O vestuário deixou de ter um caráter meramente protetor e passou a tomar um caráter de caraterização e embelezamento do ser humano, acabando mesmo por definir épocas históricas, estatutos sociais e estados emocionais. Os egípcios foram dos primeiros povos a usar o vestuário como forma de distinção das elites sociais.  Nos tempos modernos essa diferenciação é menos acentuada, mas a moda passou a marcar estilos de vida e estados psicológicos, sendo algo global influenciada pela criatividade de alguns elementos da sociedade.

      Existem diversos locais e pessoas que marcam a moda e os estilos da sociedade em determinados períodos da história. As grandes capitais da moda, onde se dá grande importância ao estilo, ditam tendências para um mundo globalizado. A moda tende a ser algo cíclico e a reinvenção do antigo é algo bem presente, sendo que a ela reinventa muitas vezes a forma de se mostrar. Entre as capitais da moda mais importantes podemos encontrar New York, Milão, Paris e Londres. A indústria desta área envolve muitos colaboradores em seu redor e é uma daquelas com mais peso Mundial, desde a produção, à promoção e venda. A generalidade dos seres humanos consome vestuário, seja este mais ou menos ligado à tendência da moda.

      Portugal foi durante muito tempo um grande produtor têxtil, sendo que seus produtos eram bastante reconhecidos. Com a chegada das produções chinesas a indústria não resistiu, por estar mal preparada, e a queda de diversas pequenas e médias empresas foi inevitável. Algumas empresas resistiram e ainda hoje mantêm a produção, menos vigorosa, mas com maior qualidade e excelência. Ao mesmo tempo, a moda em Portugal foi ganhando nome, e foi crescendo. Internacionalmente a moda Portuguesa floresce, e diversos são os nomes de estilistas Portugueses que começam a sair mundo fora e a levar a bandeira Portuguesa consigo. A moda portuguesa foi evoluindo e os estilistas, com empenho e dedicação, conseguiram introduzir-se nas grandes semanas da moda internacionais. Grandes nomes como Fátima Lopes, Filipe Faísca ou Nuno Gama têm levado suas coleções ao mundo e têm trazido o mundo da moda para Portugal.

      A moda Portuguesa está a ganhar poder, e para 2014 Portugal mostra a sua moda com uma peculiaridade muito portuguesa, o azulejo branco e azul. O padrão do azulejo branco e azul português será estampado nas mais diversas peças de vestuário e será a marca portuguesa no mundo em 2014. Esta tendência para a Primavera-Verão 2014 já começa a invadir as lojas e promete dar muitos frutos, sendo uma demostração de como a criatividade aliada ao tradicional pode gerar um produto de importante impacto nacional e internacional. Este é mais um dos exemplos de um Portugal Potencial, que ainda tem muito que dar ao mundo. 

Autor: Hector Nunes

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Do barro e da porcelana


      Desde o início da civilização humana, o ser humano tem criado utensílios que o ajudam com as atividades do dia-a-dia. São vários os vestígios arqueológicos encontrados que demostram que essa necessidade de criação e inovação, no que diz respeito a utensílios, aconteceu desde muito cedo na história do homem. Os primeiros utensílios a serem produzidos foram facas e pequenas armas de arremesso que auxiliavam a caça. À medida que a sociedade foi evoluindo, começaram a aparecer novas necessidades, entre elas a arte de cozinhar os alimentos. Este ato de cozinhar os alimentos começou a ser efetuado em invólucros de folhas, ação que ainda pode ser vista em algumas tribos africanas e latino americanas, mas o tempo, juntamente com a capacidade criativa de alguns indivíduos dentro dos pequenos grupos nómadas, levou ao aparecimento das primeiras tigelas e utensílios feitos em barro. Estes utensílios foram evoluindo e permitiram criar panelas de barro, potes de armazenamento e uma gama bastante diversificada de utensílios. As porcelanas apareceram mais tarde na história, na região onde hoje é a China. Estas eram artigos de elevado valor, algo que nos dias de hoje ainda se mantem. As porcelanas da China eram reconhecidas pelo mundo antigo e eram consideradas prendas requintadas. 

      Em pleno século XXI, as porcelanas e os utensílios de grés e barro mantêm grande parte das funções que tinham no início. Os serviços de loiças, as tigelas, os vasos e os artigos decorativos são ainda muito utilizados, e devido à diversidade de formas, cores, decorações e qualidade são encontrados na generalidade dos lares. Outra aplicação que foi dada mais recentemente na história humana aos barros é a azulejaria. Em quase todas as casas atuais temos a presença de azulejos em alguma divisão da casa, sendo que este elemento, que se apresenta nas mais diversas cores e padrões, com diferentes geometrias, permite uma versatilidade de aplicações e acabamentos. 

      Portugal, país caraterístico pela utilização ampla de azulejos, em fachadas, igrejas, e em vários monumentos. Os diferentes estilos e designs foram modificando com o tempo, mas o azulejo mais conhecido em Portugal é o azulejo branco pintado com elementos de azul. Estes azulejos ilustravam momentos da história ou ações do cotidiano. A utilização de grés e barros, ou de porcelanas também está muito ligada à história nacional. 

      A indústria Portuguesa que está envolvida com a produção de artigos em porcelana, grés e barro está a recuperar de um período de crise e de maus investimentos. A falta de capacidade de resposta perante o produto a baixo custo da China provocou neste setor, como em muitos outros, uma tensão elevada, que levou a que muitas pequenas e médias empresas fechassem portas. Mas toda a crise tem seu lado positivo e os sobreviventes não baixaram os braços e continuaram na frente de batalha, produzindo produtos de qualidade que consegue cativar os consumidores nacionais e internacionais. Vários são os produtos de porcelanas e grés que através de um design e de uma produção nacional, representam o país mundo fora. 

      Uma empresa de sucesso, que é empresa de renome mundial, e que melhor representa as cores da bandeira nacional neste setor é o grupo Vista Alegre Altlantis. Este grupo é responsável pela produção de porcelanas e grés de elevada qualidade, com design altamente apelativo e adaptado à vida moderna. A sua elevada qualidade e diversidade, acompanhada pelo requinte de seus produtos, têm levado a um reconhecimento substancial. As parcerias com designs internacionais têm permitido aumentar a visibilidade deste setor e tem permitido uma afirmação mais acentuada. O grupo Vista Alegre Atlantis apresenta-se como o sexto maior grupo empresarial na sua área de mercado, e possui lojas por todo o Mundo sendo que as lojas mais recentes foram abertas ao público na Colômbia, nos Estados Unidos da América e Moçambique. 

Autor: Hector Nunes



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O fruto da oliveira


      Não há produto mais Mediterrânico que o azeite. Este é extraído do fruto da oliveira, a azeitona. As oliveiras são árvores caraterísticas dos climas mais temperados do mediterrânio, como é o caso de Portugal. O azeite é uma das gorduras utilizadas na culinária, uma vez que é mais saudável e a sua utilização na cozinha mediterrânica dá a esta um toque especial, diferenciando-a de muitas outras. Este produto apresenta diversas variedades, que dependem da acidez, da refinação do mesmo, entre outros parâmetros que o tornam num produto de elevada qualidade.

      Em Portugal, a produção de azeite está essencialmente localizada na região centro Sul, onde se destacam as regiões do Ribatejo, Alentejo e Algarve, zonas com uma geografia e clima mais propício a este tipo de cultivo. O Alentejo, por exemplo, é uma região em que a produção de azeite é um ponto vital da sua economia. Existem várias herdades espalhadas por estas regiões que têm pequenas produções, mas que ao se juntarem, nas cooperativas agrícolas, criam um azeite único e requintado. Por outro lado, e cada vez mais comum, existem os pequenos produtores que decidem criar marcas próprias, com especificidades muito particulares no seu produto, tentando assim atingir um nível de lucro maior.
Ente os grandes produtores portugueses de azeite, com algum nome internacional, temos o azeite Gallo. Esta marca é reconhecida em vários pontos do globo, devido a sua diversidade de produtos, que já foram premiados por diversas vezes. Esta marca conta com produtos que abrangem um público bastante diversificado.

      De entre as marcas de mais pequena produção temos o Herdade do Vale da Arca ou o Casal da Memória. Estas marcas têm produções mais limitadas e muito específicas num determinado tipo de azeite, sendo que apresentam preços mais elevados. Estes azeites são dirigidos para públicos com maior poder de compra, ou para a área da restauração.
Duas vertentes novas que alguns produtores têm utilizado para focar a sua produção, são os azeites gourmet e os azeites biológicos, que têm permitido a Portugal ganhar prémios, entre este Mediterranean International Olive Oil Competition Terra Olivo, Israel.

      Na campanha de 2012/13 Portugal produziu aproximadamente 69 mil toneladas de azeite, segundo dados d0 Conselho Oleícola Internacional (COI). O nosso país, juntamente com Espanha, é dos únicos produtores da europa a apresentarem um aumento da produção para 2014, segundo a mesma fonte. O aumento da produção em Portugal será de 20%, quando comparado com a campanha 2012/13.


     Como podemos ver, este é mais um produto made in Portugal, de grande qualidade e estatuto. Espero que tenham gostado do artigo. 

Autor: Hector Nunes


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Portugal, uma beleza comercializável

      

      A europa, velho continente, é caraterizada por um território que se localiza no topo do hemisfério Norte. Por esta razão em geral, os países são caraterizados por climas menos solarengos e mais escuros, com grandes períodos de inverno. Esta caraterística climatérica leva a que parte da população sinta a necessidade de viajar de férias para zonas mais temperadas e tropicais, à procura do sol, praia e calor. Mas dentro da europa há um país que pode disfrutar de uma elevada exposição solar, e possui um clima mais temperado e rico em praias e zonas verdejantes. Esse país à beira-mar plantado, que se localiza no extremo ocidente da europa é Portugal. 

      Portugal é um país que se pode orgulhar por ter um dos climas mais apetecíveis da europa. Possui uma disponibilidade de sol que o torna um jardim, rico em paisagens diversas, que vão das ilhas mais tropicais e verdejantes, dos campos secos do Alentejo ao parque de natureza plena no Gerês. Esta riqueza paisagística, acompanhada da gastronomia mediterrânia, considerada uma das melhores e mais saudáveis do mundo, e com o bem receber do povo português tornaram Portugal um destino turístico por natureza. O turismo é um pilar bastante importante da economia portuguesa, e emprega uma fatia importante da população. 

      As regiões mais turísticas são a região do Algarve, Grande Lisboa e zona Norte com Porto e Minho. Além destas zonas localizadas no território continental, temos ainda o arquipélago da Madeira e dos Açores. Estas zonas têm investido em infraestruturas e em atividades que permitam acolher da melhor forma os visitantes. Grande parte dos visitantes que chegam a Portugal para férias são provenientes da europa do norte, mas os turistas que ao longo do ano mais visitam Portugal são provenientes da Espanha, do Reino Unido, França e Holanda. No último trimestre de 2013, segundo dados do turismo de Portugal, 17,7% dos visitantes foram provenientes do de Espanha (537,5 mil hóspedes), seguidos do Reino Unido com 16,5% (502,1 mil hóspedes), seguidos de França com 10,7% e Alemanha 9,3% (total de 606,8 mil hóspedes). O crescimento dos turistas Espanhóis comparando o mesmo trimestre de 2012 foi de 7,4%. Já para os visitantes do Reino Unido o aumento foi de 8,4%. O turismo proveniente da França e da Alemanha sofre um aumento de 9,6% em relação ao mesmo período de 2012. 

      Estes dados animadores permitem ver como uma aposta assertiva, feita por empresários bem preparados, têm conseguido enfrentar a crise e têm sabido canalizar outros conflitos do globo a favor do turismo Nacional. É de destacar a aposta e a diversificação turística que vem sendo criada. É de mencionar região Norte, entre estas a aposta do Porto, e algumas cidades minhotas como Guimarães. A aposta numa cultura atrativa, que cativou turistas foi realizada na Capital Europeia da Cultura 2012 na cidade de Guimarães. Um aumento da oferta e a melhoria das infraestruturas foram fontes cruciais do aumento de turistas numa região como esta. 

      A cidade do Porto é um local de excelência, e um postal de Portugal muito apetecível. A aposta no que o Porto tem de melhor, com o rio Douro de medalha, é um dos grandes trunfos que têm permitido o Porto se destacar como região de elevada importância turística a nível nacional. Investimentos turísticos como o caso do feito pela Douro Azul, empresa de cruzeiros no Douro, tem permitido aumentar o leque de ofertas de qualidade para os turistas que nos visitam. São estas mudanças que permitiram a invicta ganhar diversos prémios a nível mundial, sendo que o último foi Melhor Destino Europeu 2014*. Este conhecimento do esforço e dedicação dos agentes turísticos e de todos os envolvidos é uma demostração que vale a pena fazer mais e melhor, e que Portugal é um país apetecível.  

      Este é a visão que vos trago hoje, muitos são os diferentes destinos e paisagens, que mais a frente irei mencionado e que fazem de Portugal Potencial uma realidade.


*ler mais em: http://expresso.sapo.pt/porto-recupera-titulo-de-melhor-destino-europeu=f855832#ixzz2tOgi9Reu



sábado, 15 de fevereiro de 2014

Neste Bananal

      

      No dia depois ao dia dos namorados não podia escrever sobre outra temática, “a única fruta do amor é a banana”. Como já foi mencionado anteriormente a agricultura tem de ser um dos pilares fundamentais da economia portuguesa. Várias são as produções agrícolas, de caráter único a nível europeu, que são nichos de mercado muito específicos e que, sendo bem explorados, podem trazer grandes rendimentos.

      Uma fruto de produção nacional que é uma fonte de rendimento de algumas famílias da Ilha da Madeira. No paraíso tropical de Portugal, pequena ilha banhada pelo atlântico, com um clima temperado e constante que a torna num Éden para os visitantes. Nas suas encostas ingremes e ensolaradas crescem as plantações verdejantes de bananeiras. Um fruto de sabor tropical e de aplicações gastronómicas diversas. A qualidade superior deste fruto português, quando comparado com outras produções à volta do Mundo, é de conhecimento dos exportadores. Numa ilha com dificuldades de emprego, e com a limitação da insularidade, a agricultura de nichos, como a da banana, pode ser uma alternativa de saída da crise. Um investimento adequado acompanhado com uma valorização do produto, permite que os produtores consigam recolher rendimentos suficientes para a sua sobrevivência com este tipo de plantação.

      A produção de banana corresponde 20% da produção agrícola da Região Autónoma da Madeira e envolve 10 000 pessoas na sua produção. A exportação de banana representa um mercado que ronda os 11 milhões de euros numa produção de 15.403,6 toneladas. Tendo em conta a pequena dimensão das zonas cultivadas de banana quando comparada com outras produções agrícolas, focada na RAM, permite uma produção elevada.

      A produção nacional da banana está direcionada, essencialmente, para a venda direta do fruto ao consumidor, mas diversas são as possíveis aplicações que se estão a tentar dar a este prodígio madeirense. Nos últimos meses foi colocado no mercado um novo produto de banana, o Compal de banana da Madeira. Esta é uma aplicação bastante interessante e que pode trazer mais investimento neste produto. Outras aplicações como iogurtes e sobremesas também já começam a ser produzidas com banana da Madeira, mostrando a aplicabilidade deste produto 100% Português. 

Autor: Hector Nunes


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Da rolha à mala!

      
     Hoje quem pisa a passadeira vermelha do Portugal Potencial, com grande destaque e glamour, é a cortiça portuguesa.

      A cortiça advém da casca do Quercus suber l, vulgarmente conhecido como sobreiro, uma árvore nobre que cobre cerca de 736 mil hectares em território nacional, segundo dados da APCOR, oferecendo todos os anos cerca de 190 mil toneladas deste tecido vegetal. Este setor faz com que o nosso país seja líder mundial no que diz respeito à exportação, produção e transformação da cortiça e dos seus produtos derivados Este produto português já pisa território francês, americano, alemão, espanhol e italiano, sendo a sua tendência a espalhar-se por muitos outros países.  

      O que fez com que o sobreiro e a cortiça demonstrassem grande destaque mundial foi, sem sombra de dúvida, a sua aliança com os vinhos, contudo na atualidade começaram a surgir novos nichos de oportunidade, tendo esta relíquia alcançado grande destaque em outros setores. Dentro do variadíssimo leque de aplicações deste produto podemos destacar a sua utilização no isolamento térmico e acústico de habitações, na pavimentação, quer de interiores, quer até mesmo de campos de futebol (os campos de futebol americanos têm na sua constituição cortiça made in Portugal). Uma das áreas que também acabou por descobrir as virtualidades da cortiça, e indispensável referir, foi o mundo da moda e dos seus inúmeros acessórios. O seu tom de mel e o efeito acetinado dos seus acabamentos cativaram os profissionais da área que, a partir deste tecido vegetal, deram origem a malas, carteiras e até mesmo guarda-chuvas leves e impermeáveis, artigos que combinam funcionalidade, durabilidade e estética. Uma das marcas, totalmente e irrevogavelmente portuguesa, que apostou neste último ponto que referi anteriormente foi CorkDesign, que já faz furor em Miami, Boston, Vancouver e em território nacional. Ela destaca-se por ser a primeira e a única marca a nível nacional que trabalha na fabricação do tecido de cortiça 100% português. Atualmente, produz de mais de dez padrões diferentes de tecido de cortiça sobressaindo pela originalidade e distinção.

      Resumindo, caro leitor a conquista da cortiça portuguesa ainda está no seu início, daí ser necessário e imprescindível olhar-mos para este produto e moldá-lo a ideias cada vez mais inovadoras. E sim, É UM PRODUTO TOTALMENTE PORTUGUÊS, que faz PORTUGAL ter POTENCIAL.

Autor: Jorge Faria 



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Só anda descalço quem quer!

     

      Olá caros leitores, depois de dois dias sem escrever nenhum artigo, aqui estamos de volta.

      Como já tinha sido abordado num dos artigos anteriores, uma das indústrias que tem mostrado sua vitalidade e a sua adaptação, conseguindo competir com o estrangeiro e mostrando que o produto português pode ser o melhor, é a indústria do calçado e do couro. Segundo dados da APICCAPS, o crescimento desta indústria nos últimos 2 anos tem sido significativo, o que tem levado a que Portugal esteja a exportar mais sapatos para Itália, outros dos grandes países do calçado, do que está a importar. As exportações para este país vizinho aumentaram 32%. A nível geral, Portugal está prestes a atingir o objetivo principal, que é igualar a exportação de calçado aos seus dois maiores concorrentes, Espanha e Itália. Estes dados animadores são responsáveis pelo investimento e desenvolvimento do setor e continuarão a ser motivo de grande orgulho nacional.

      Dentro da indústria do calçado, diversas são as empresas que se distinguem pela qualidade e pelo seu impacto internacional. Entre estas marcas temos a Fly London. Esta é uma marca cujo público em geral associa a uma empresa estrangeira, devido ao seu nome. Todavia, é uma marca bem nacional que escolheu este nome, possivelmente, para poder ter uma maior aceitação de mercado e assim fazer uma internacionalização mais efetiva. Outra marca portuguesa que está a ter grande impacto no estrangeiro é a Eureka. Com uma gama variada de calçado masculino e feminino tem mostrado a criatividade e o design português no estrangeiro. Outra das marcas que já tem lugar de destaque nas grandes feiras de calçado internacional, como a de Munich ou Las Vegas, é a Coque Terra. A sua presença em feiras tão importantes é uma demarcação de posição desta indústria e uma demostração de que um país pequeno tem tanta qualidade e pode produzir tão bons produtos quanto os grandes países industriais. 

      Muitas destas marcas estão focadas no mercado exterior, e nem são muito conhecidas no mercado interno, sendo que para alguns dos leitores as marcas apresentadas sejam pura novidade. Elas apostam numa maior divulgação a nível internacional, pois no mercado nacional, mais reduzido, existe uma concorrência apertada. 
      
      Espero que tenha sido motivador e que este artigo possa induzir aos leitores uma tendência de compra do que é Português, e assim, poder ajudar a impulsionar a nossa indústria. Se conhecem mais casos de interesse e que queiram divulgar entrem em contacto via e-mail através de portugalpotencial@gmail.com, ou pelo facebook na página do Portugal Potencial. Partilhem a nossa página e coloquem gosto no nosso facebook. 

Autor: Hector Nunes



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Um país que se deixa morrer!

     

      Não poderia deixar de escrever um artigo sobre a temática do desânimo e da falta de ação por parte dos Portugueses. Após a notícia do Público sobre a emigração e a real manipulação dos números do desemprego, por parte do governo, só posso dizer que está na hora de sair desta letargia nacional. O estado zombie do povo português está a colocar o país numa situação sem retorno. A destruição da economia devido à austeridade, cega e sem controlo, está a colocar o país à beira do abismo. 

      A governação irresponsável que está a aumentar o desequilíbrio social, e que aos poucos asfixia a classe industrial, constituído por pequenas e médias empresas, é o grande responsável pelo triste estado do país. O aumento da carga fiscal e a redução de incentivos estão aos poucos a colocar alguns empresários numa saia justa, da qual podem não conseguir sair. A redução do poder económico da classe média, criada pelos cortes consecutivos e pela redução das condições de trabalho, têm influenciado negativamente o sector económico, devido a uma redução do consumo interno. A dependência da produção nacional, por parte do consumo interno, é um dos fatores a modificar no panorama futuro, pois esta dependência torna a economia pouco competitiva, e cria um ciclo de destruição. 

      Todos estes fatores criaram uma depressão generalizada e uma descrença da população das entidades do estado. A redução das condições laborais e o aumento do trabalho precário têm levado a uma redução da produtividade. A influência destes fatores sobre a capacidade laboral de cada trabalhador é elevada. Uma população explorada não trabalha com afinco e incentivo. A diferença entre classes, cada vez maior, provoca uma influência negativa sobre a classe trabalhadora, pois sente-se injustiçada e abandonada. 

      A resolução dos problemas da economia portuguesa passa por uma redução da dependência do produto externo, e um aumento da exportação. A redução da importação de todos os produtos que possam ser produzidos a nível nacional, e um aumento das exportações de qualidade é a única forma de equilibrar esta balança. Concorrer diretamente com os grandes países com produtos de qualidade e que ganhem pela variedade e diferença é a única forma de ganhar esta batalha económica. 

      A eliminação ou restruturação das tóxicas parcerias público-privadas e o reaproveitamento das empresas públicas, tornando-as mais rentáveis, é outra das medidas necessárias para uma recuperação centrada numa base sólida. A gestão do estado tem de ser efetuado como se de uma empresa se tratasse, controlando a produtividade de todos os sectores e reduzindo a burocracia e os empecilhos que encravam o sistema e levam a gastos desnecessários.
A redução da carga fiscal aos empresários e aos novos projetos de criação e o aumento de incentivos na produção e desenvolvimento de produtos transacionáveis é uma necessidade. Para podermos seguir em frente é necessário um aumento do poder industrial, que permitirá um aumento do emprego. 

      Espero que mais pessoas partilhem minha visão para a recuperação nacional e que, qualquer dia, possamos estar juntos a lutar por um país mais justo e com oportunidades. Se também pensam assim, deixem os vossos comentários, se não, podem dar-nos a vossa perspetiva da situação. A troca de ideias é sempre importante. 

Autor: Hector Nunes

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

“O Sangue de Cristo” Português

 
     
      O rosto da europa, mencionado e enaltecido por vários poetas, encontra-se esquecido por detrás das sombras de uma crise que, todos nós incluindo o leitor, acaba por deitar a culpa de todos os males. O nosso país, o nosso Portugal, já passou por batalhas difíceis, algumas da quais não saiu vitorioso, mas mesmo assim, não se deixou derrubar e ERGUEU-SE. E nós iremos fugir e esquecer o país maravilhoso que temos? Iremos baixar os braços e não apostar no que de melhor existe em Portugal?
Existem várias formas de o fazermos, varias áreas nas quais existe a necessidade de apostar com mais afinco neste nosso território, e uma delas passa pelo sector vinícola.
“O Sangue de Cristo”, “a Dádiva de Deuses", e "Essência da Própria Vida”, são expressões que se referem a um produto, apreciado desde as mais remotas civilizações, que tem sido uma das grandes apostas e uma das áreas onde se verifica um valor muito positivo na balança comercial.

      Este sector, para além de resultar num elevado valor económico, tem ajudado na ocupação do meio rural, há muito esquecida e abandonada pelos próprios portugueses. A produtividade vinícola apresenta valores superiores á dos sectores agroalimentar e das indústrias alimentares em aproximadamente 4,35 a 1,6 vezes, o que o torna num alvo bastante aliciante. Portugal exporta mais de 70% da sua produção e encontra-se bem posicionado no que diz respeito aos países mais exportadores de vinhos do mudo, segundo dados da AGRO.GES.

      Muitos são os nossos vinhos distinguidos mundialmente, como o vinho verde da Quinta da Aveleda, colheita de 2012, que foi eleito o segundo no ranking da revista "Wine Enthusiaste" dos 100 melhores vinhos para se comprar em 2013; temos também Croft Vintage, de 2011, distinguido pela “Wine Spectator”, entre muitos outros, produzidos de norte a sul do país, que fazem furor no paladar dos críticos mundiais.

      Um exemplo de empreendedorismo e ambição nesta área leva-nos até finais de 2011, onde 4 irmãos, formados na área de gestão e vitivinicultura, transformam uma fonte de rendimento secundária num verdadeiro negócio de família no grande Douro, surgindo a R4 Douro Family e a marca de um novo vinho, “Mãos”. A principal dificuldade encontrada foi, de facto, precisamente no “plano financeiro”, porém os irmãos não desistiram, fizeram desse obstáculo um mero e insignificante obstáculo. Investiram em duas propriedades da família, em Mesão Frio, e, em cerca de três anos, expandiram-se pelo Douro acima, totalizando já 150 hectares espalhados por sete quintas. As 15 mil garrafas, resultante da primeira colheita, já alcançam entre as 300 mil e 400 mil garrafas, que cobrem mercado nacional e alcançam já outros países como Suíça, Holanda, e, possivelmente, França, Alemanha, Angola e Brasil. O “ Mãos”, já foi reconhecido pelos melhores e mais exigentes críticos portugueses e premiado com bronze pelo International Wine Challenge.


      Este vinho, totalmente português, esta família, totalmente portuguesa, são o exemplo significativo de que, afinal, o nosso país vale alguma coisa e tem do melhor para se explorar!

Autor: Jorge Faria 


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Portugal Rural: Terra fértil e seus frutos

      

      Portugal é sinónimo de luz, campos verdejantes e natureza. Uma das maiores riquezas que se estende na sua diversidade de norte a sul. Um clima temperado banhado do sol que é vida. Grandes cursos de água que percorrem vales e montanhas. O leitor deve pensar que estou a descrever o paraíso, um lugar idílico, mas este é Portugal. Um país de raízes rurais, onde a força bruta das mãos calejadas foram o principal sustento do povo. Mas o que é feito deste Portugal?

      Portugal é um exemplo do abandono de grandes políticas agrícolas, após a integração na União Europeia. Os incentivos recebidos para o abandono da produção agrícola foram maiores e mais aliciantes do que os incentivos á produção nacional. A falta de industrialização do sector agrícola e a utilização da agricultura como subsistência foram outras das causas para o pouco aproveitamento deste sector. As políticas europeias para a produção de bens alimentares criaram uma dependência de uns países em relação aos outros. A ideia de “se este país não tem, vamos buscar ao outro” levou a que uns países dependessem dos outros. Após alguns anos com estas teorias, a europa verificou que a falta de políticas para a reserva de alimentos poderia trazer alguns problemas. Entre esses problemas encontramos a escassez de certos bens alimentares aquando de intempéries e de catástrofes naturais. Entre 2007 e 2012 foram várias as crises de cereais dentro da Europa, devido ao mau tempo que destruía as produções. Esta falta de bens alimentares levou a que se começasse a repensar as políticas agrícolas. Mas o abandono da agricultura em Portugal já ocorreu, e é difícil incentivar o regresso da população às origens.

      Outro flagelo foi a utilização de fundos comunitários, que deveriam ser utilizados para a industrialização da agricultura, para o enriquecimento pessoal. Vários são os exemplos de fundos de investimento na agricultura que foram mal aplicados, e que nunca deram os frutos para os quais foram pedidos. Este é um problema ideológico e que está a ter repercussão na atualidade.

      A agricultura apresenta-se como um trabalho de esforço e que exige uma entrega a tempo inteiro, sendo que é pouco aliciante às gerações atuais. Esta visão não é de todo real, pois a industrialização da agricultura veio facilitar em muito os trabalhos. Mesmo assim sendo, com as faltas de incentivos atuais e a elevada instabilidade temporal leva a que não vejamos a agricultura como uma das soluções para a crise. Mas aqui está o grande erro. Portugal, com o seu vasto potencial território agrícola, deverá utilizar este sector, juntamente com o sector da aquacultura e das pescas, para criar uma base sólida na sua economia, reduzindo a sua dependência de produtos externos. O abastecimento de países que, por motivos geográficos e climatéricos, não podem ter agricultura, pode ser outra via para a saída da crise económica que se apresenta, e que não acabará enquanto não se mudar de políticas e de medidas.

      Mas nem tudo o que envolve a agricultura em Portugal pode ser considerado negativo. Existem diversos exemplos do regressar às origens agrícolas por parte dos jovens e menos jovens para escapar aos problemas económicos. Vários são os produtos alimentares de elevada qualidade que estão a ser produzidos em Portugal, por agricultores persistentes que viram no campo a verdadeira riqueza. Muitas mais são os que têm projetos e ideias para criar através da terra mais riqueza. Entre estes produtos temos o azeite, o vinho, a fruta e a carne. Existem produtos agrícolas tão portugueses e de tão elevada qualidade, que tornaram-se imagem de marca deste país, á beira-mar plantado. 

      Um exemplo de investimento na agricultura que tende a crescer de ano para ano é a produção de mirtilo. Uma produção que se foca na região de Sever do Vouga, zona com as condições climáticas e geográficas ideias para a plantação deste fruto. Este tipo de cultivo pouco usual em Portugal, devido ao desconhecimento deste fruto, aparecer devido a uma procura intensiva por parte de alguns países deste mesmo produto. A procura do mirtilo por países como a França, a Bélgica e a Holanda é tão elevado, que fez com que alguns agricultores vissem neste pequeno fruto uma fonte de rendimento sustentável. Os primeiros produtores apareceram no início dos anos 90 do seculo XX e vários anos passaram até que começou a despertar um maior interesse por este produto pouco conhecido. Até 1994 existiam 43, número que quase triplica em 2014, onde temos 110 produtores que exportam 80% da produção. A produção até 2013 era de 120 toneladas e deverá chegar às 419 toneladas ainda este ano, prevê a AGIM - Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro Urbano de Sever do Vouga. O número de produtores, parte deles jovens, deve aumentar este ano e contará com um investimento de 1,1 milhões de euros. Este é um produto rentável pois é comprado ao produtor por um preço de cerca de 3,5 euros por quilo, sendo este um valor elevado quando comparado com outros produtos agrícolas. A sua comercialização é efetuada por um preço muito mais elevado de 25/30 euros o quilo. Estes valores levaram a todo, o interesse neste fruto nesta região do país, o que tornou Sever do Vouga a capital do Mirtilo.

      Como podemos ver, muitas vezes num pequeno fruto está uma grande fonte de riqueza. A potencialidade da agricultura em Portugal, ficado em alguns nichos de mercado é um potencial em ação que tem de ser aproveitado. Se conheces outros exemplos de produtos agrícolas que gerarão grandes investimentos, faz chegar isso ao nosso blog ou á nossa página de facebook. Se tiveres algum projeto desta natureza em mente e queres trocar ideias ou encontrar pessoas que possam ajudar-te podes também partilhar connosco e nós tentaremos ajudar da melhor forma.

Autor: Hector Nunes



terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Portugal em perspetiva de continuidade e de abandono

      



      Muitos são os que acham que o que é bom vem do estrangeiro, que a tecnologia e inovação só vêm das grandes potências industriais. Poucos são aqueles que se questionam de onde vêm os produtos que utilizam no seu dia-a-dia e muitos os que acham que tudo vem da China. A realidade do made in China preencheu a noção de produção da população mundial. A realidade da produção desenfreada e a preços impraticáveis existe e chegou ao nosso país para ficar. Estes produtos a baixo custo prejudicaram, em muito, vários sectores da indústria portuguesa.

      As universidades portuguesas, que se localizam de norte a sul, são responsáveis por dar formação de qualidade nas mais diversas áreas. O conhecimento científico nas várias vertentes das ciências e engenharias foram um grande investimento a nível nacional. Laboratórios de renome e grupos de investigação de alto desempenho são reconhecidos a nível internacional todos os meses. Diversas são as pesquisas em que Portugal está na linha da frente, á procura de inovadoras soluções.

      Mas até que ponto se aproveita esse investimento? Até que ponto nós jovens conseguimos contribuir com o nosso conhecimento para ajudar o país? Até que ponto teremos de sair de Portugal para conseguirmos ter qualidade de vida? Porquê que a única solução existente de momento, e preconizada pelos nossos governantes, é emigrar? Porquê que depois de tanto investimento e de começarmos a recolher os frutos, atira-se tudo borda fora e retira-se os apoios?

      Estas são as questões que pairam na cabeça de estudantes, docentes e investigadores universitários neste momento. Poucas semanas depois dos cortes no número de Bolseiros e na redução de investimento na investigação, nada é mais pertinente que estas questões. Enquanto tenta-se inebriar a população com o caso das praxes académicas, não tirando qualquer crédito ao caso do Meco, o governo faz cortes cegos e sem grande noção numa das raízes que pode manter viva a árvore que é Portugal. Em geral este estado de descrença perante o estado e perante este tipo de medidas provoca uma onda de desmotivação e de raiva que leva a que os jovens abandonem o seu país á procura de mais justiça e de melhores condições. Mas será que teremos todos de abandonar Portugal? Vamos mandar fazer um muro á volta de Portugal e encher de água, ou vamos transformar Portugal no lar da 3º idade da Europa, em que só ficam os velhos, tanto Portugueses como os estrangeiros que cá vêm passar a velhice.

      Estas questões são importantes pois colocam todos a pensar qual o real futuro de Portugal. Portugal têm um futuro! Este futuro tem de passar pela utilização do conhecimento, das mas diversas áreas, de forma cruzada para poder criar projetos, como a Science4you. Lembro-me de ver os seus brinquedos nas prateleiras do supermercado e pensar que marca estrangeira é está? Pensar também de como era boa esta ideia de dar a conhecer a ciência as crianças de uma forma tão divertida. Mas para meu engano a Science4you é uma empresa Portuguesa sediada em Lisboa.

      A Science4you é uma empresa de produção, desenvolvimento e comercialização de brinquedos que ligam a ciência às brincadeiras de uma forma divertida. Esta empresa foi criada após um projeto de final de curso de um aluno da Universidade de Lisboa. Este jovem com apenas 22 anos decide lançar-se á aventura, com apoio da Universidade de Lisboa, e utilizando capitais de risco e um investimento pessoal de 11255€ começa uma empresa que em 6 anos já abrange o mercado estrangeiro e tende a aumentar seu alcance. Como podemos ver na website da empresa, a Science4you conta já com 60 colaboradores e duas filiais - uma em Madrid e outra em Londres. Exportam para o Brasil, Angola, Moçambique, Polónia, Grécia, França, entre outros países, sendo que em 2012 atingiu um volume na ordem de 1.400.000,00€. Esta jovem empresa já ganhou inúmeros prémios entre eles o Prémio de Empreendedor do ano 2010 (Comissão Europeia) e mais recentemente em 2013, Prémio Business Internationalization Award by the british government.

      Estes prémios são a demonstração que a persistência e a audácia são algumas das armas para criar, e que os jovens também criam quando motivados e apoiados pelas instituições certas.
      
      Como este exempl0 existem muitos outros, nem todos desanimaram e estão a lutar, sem esperar que o Estado faça alguma coisa, mas a tentar colocar em práticas ideias que possam ser um motor de impulsão. Muitos são os jovens cheios de ideias, que se sentem sozinhos e que precisam de trocar ideias com outros jovens, de outras áreas. Este é um dos objetivos futuros do Portugal Potencial, interligar pessoas e criar novos projetos. Por isso juntem-se a nós e acompanhem o desenvolvimento deste desafio.

Autor: Hector Nunes





Exportação made in Portugal

Portugal, um país de sol e praia, conhecido pelo turismo e pela beleza das suas paisagens. O turismo tem um carácter muito importante na economia Portuguesa. Exportamos beleza e qualidade turística que todos os anos atrai inúmeros visitantes do mundo inteiro. As praias, os montes, as vinhas, os rios, cidades ricas de história e ilhas românticas são a diversidade de ofertas existentes, que permitem que Portugal seja um destino por excelência. A gentileza, o carinho e o calor humano tornam este produto muito apelativo e uma das imagens de marca deste país. O turismo português cresceu em 2013 aproximadamente 5%, segundo dados da Comissão Europeia para o Turismo (ETC). Tendo em conta os dados da Confederação do Turismo Português, o turismo em 2010 representava 14,4% do PIB (24.200 M€). Mas este não é o único “produto” de exportação com alta potencialidade que existe em Portugal. 

           A indústria Portuguesa, muito fustigada pela crise e pelo poder político, tem resistido e tem tentado criar produtos de valor com qualidade elevada. Para enfrentar mercados muito competitivos e uma produção desenfreada a baixo custo, a indústria portuguesa apostou na produção de produtos de qualidade e excelência, sendo referência de mercado em algum sectores. O esforço da criação de produtos de elevada qualidade tem permitido demonstrar a potencialidade nacional e cada vez mais tem de ser um ponto de valorização internacional. Muitos têm sido os aventureiros que nesta altura de crise, contra todas as possibilidades, se lançam ao desafio de criar novos produtos com marca Portuguesa. Esta audácia e coragem têm de ser exemplo, pois a recuperação económica do país assim o necessita.

    Diversos são os exemplos de produtos reconhecidos pela comunidade internacional com rótulo made in Portugal. Um dos sectores que tem sofrido grande crescimento é o sector do calçado. Este sector demonstra-se como um dos mais relevantes a nível nacional e é um exemplo de capacidade de recuperação e crescimento. O calçado Português apresenta-se como o melhor do mundo competindo com as grandes marcas Italianas. Portugal exportou, nos nove primeiros meses de 2013, 56 milhões de pares de sapatos, no valor de 1.336 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 7,2% relativamente ao mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS). Estes números são a demonstração da capacidade produtiva e da coragem demonstrada por muitos portugueses que não desistem do seu país e dos seus produtos.

        Outro sector que é representação clara de Portugal é o sector vinícola. Portugal ocupa o 12º lugar no ranking da Organização Internacional do Vinho (OIV), sendo que a sua produção aumentou em 2012 cerca de 7%, atingindo valores próximos dos sete milhões de hl. A nível de exportação Portugal ocupa o 10º lugar, exportando 705 milhões de euros em 2012 o que corresponde a 1,6% do total das exportações nacionais de bens. Este aumento só ocorre devido á aposta em produtos com carácter único e de elevada qualidade. ~

      Um sector em que Portugal se destaca, como maior produtor, é o sector da cortiça. Segundo a Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR), a exportação portuguesa de cortiça no 1º semestre de 2013 alcançou aproximadamente um valor de 443,9 milhões de euros face a 441,5 milhões de euros, registados no mesmo período de 2012. Dentro da exportação de cortiça, as rolhas continuam a liderar as exportações portuguesas de cortiça com 70 % do total dos produtos exportados, assumindo 310 milhões de euros. A cortiça como material de construção corresponde a 27% com 119,6 milhões de euros, estando os restantes 3 por cento, 14,1 milhões de euros assumidos pelas novas aplicações deste material.

         Existem, ainda, muitos mais produtos que poderiam ser mencionados e que são a pura demonstração da capacidade produtiva e da criatividade e empenho de alguns portugueses. 

         Este texto genérico é o primeiro do Portugal Potencial e pretende dar uma visão geral ao panorama Nacional. Ao longo do tempo serão abordados mais exemplos esperando estimular e encontrar pessoas que queiram trocar conhecimentos e capacidades para criar projetos que como estes demonstrem a verdadeira capacidade do ser português.


Autor: Hector Nunes


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Boas vindas

Portugal Potencial é um espaço de divulgação e de encontro do melhor que existe em Portugal. Divulgar os bons produtos e encontrar novas ideias e novos projectos que possam trazer inovação e desenvolvimento com o rótulo made in Portugal.
Neste momento somos 3 jovens com muita vontade de criar novos projectos em Portugal, mas espero que em breve, sejamos vários a contribuir para este fim. Convido a quem quiser fazer parte deste projecto, a juntar-se a nós e a divulgá-lo um pouco por todo o país.
Portugal precisa de ser redescoberto, pois possui imensa potencialidade que não está a ser utilizada. A sua localização geográfica e marítima, acompanhada por um clima temperado, torna-o num país único e especial. A agricultura e a vasta costa privilegiada são fontes económica fracamente exploradas e esquecidas. O país contém inúmeros recursos que não estão a ser valorizados, e é URGENTE valorizá-los.
As melhorias na escolaridade da população portuguesa, com um elevado número de jovens com formação superior de qualidade, deveria ser uma das pontes de escapatória desta crise que se apresenta. Isso verifica-se? NÃO!
 A utilização desta massa cinzenta, criada em parte com fundos do estado, está muito á quem do necessário. A utilização dos jovens formados, cheios de vitalidade e de ideias, com conhecimentos diversos devem permitir criar novos projetos na área industrial e social.
Para que Portugal cresça, é necessário uma mudança de mentalidade; a desvalorização por parte dos portugueses, assimilado com o abandono do próprio país - por culpa da pressão económica - tem de ser contrariado JÁ! Uma política de apoio industrial, de incentivos á inovação e industrialização, combinado com uma atitude ambientalmente responsável são as bandeiras que têm de ser erguidas para o sucesso e ascensão de Portugal.
Espero que este blog consiga ser um incentivo e um local de encontro de

pessoas que acreditem em Portugal e que querem fazer mais, e melhor, em Português.