Muitos
são os que acham que o que é bom vem do estrangeiro, que a tecnologia e
inovação só vêm das grandes potências industriais. Poucos são aqueles que se
questionam de onde vêm os produtos que utilizam no seu dia-a-dia e muitos os
que acham que tudo vem da China. A realidade do made in China preencheu a noção de produção da população mundial. A
realidade da produção desenfreada e
a preços impraticáveis existe e chegou ao nosso país para ficar. Estes produtos
a baixo custo prejudicaram, em muito, vários sectores da indústria portuguesa.
As universidades portuguesas, que se
localizam de norte a sul, são responsáveis por dar formação de qualidade nas
mais diversas áreas. O conhecimento científico nas várias vertentes das
ciências e engenharias foram um grande investimento a nível nacional.
Laboratórios de renome e grupos de investigação de alto desempenho são
reconhecidos a nível internacional todos os meses. Diversas são as pesquisas em
que Portugal está na linha da frente, á procura de inovadoras soluções.
Mas até que ponto se aproveita esse
investimento? Até que ponto nós jovens conseguimos contribuir com o nosso
conhecimento para ajudar o país? Até que ponto teremos de sair de Portugal para
conseguirmos ter qualidade de vida? Porquê que a única solução existente de
momento, e preconizada pelos nossos governantes, é emigrar? Porquê que depois
de tanto investimento e de começarmos a recolher os frutos, atira-se tudo borda
fora e retira-se os apoios?
Estas são as questões que pairam na
cabeça de estudantes, docentes e investigadores universitários neste momento.
Poucas semanas depois dos cortes no número de Bolseiros e na redução de investimento na investigação, nada é mais pertinente que estas questões. Enquanto
tenta-se inebriar a população com o caso das praxes académicas, não tirando
qualquer crédito ao caso do Meco, o governo faz cortes cegos e sem grande noção
numa das raízes que pode manter viva a árvore que é Portugal. Em geral este
estado de descrença perante o estado e perante este tipo de medidas provoca uma
onda de desmotivação e de raiva que leva a que os jovens abandonem o seu país á
procura de mais justiça e de melhores condições. Mas será que teremos todos de
abandonar Portugal? Vamos mandar fazer um muro á volta de Portugal e encher de
água, ou vamos transformar Portugal no lar da 3º idade da Europa, em que só
ficam os velhos, tanto Portugueses como os estrangeiros que cá vêm passar a
velhice.
Estas questões são importantes pois
colocam todos a pensar qual o real futuro de Portugal. Portugal têm um futuro!
Este futuro tem de passar pela utilização do conhecimento, das mas diversas
áreas, de forma cruzada para poder criar projetos, como a Science4you. Lembro-me de ver os seus brinquedos nas prateleiras do
supermercado e pensar que marca estrangeira é está? Pensar também de como era
boa esta ideia de dar a conhecer a ciência as crianças de uma forma tão divertida.
Mas para meu engano a Science4you é uma empresa Portuguesa sediada em Lisboa.
A Science4you
é uma empresa de produção, desenvolvimento e comercialização de brinquedos que
ligam a ciência às brincadeiras de uma forma divertida. Esta empresa foi criada
após um projeto de final de curso de um aluno da Universidade de Lisboa. Este
jovem com apenas 22 anos decide lançar-se á aventura, com apoio da Universidade
de Lisboa, e utilizando capitais de risco e um investimento pessoal de 11255€
começa uma empresa que em 6 anos já abrange o mercado estrangeiro e tende a
aumentar seu alcance. Como podemos ver na website
da empresa, a Science4you conta já com 60 colaboradores e duas filiais - uma em
Madrid e outra em Londres. Exportam para o Brasil, Angola, Moçambique, Polónia,
Grécia, França, entre outros países, sendo que em 2012 atingiu um volume na
ordem de 1.400.000,00€. Esta jovem empresa já ganhou inúmeros prémios entre
eles o Prémio de Empreendedor do ano
2010 (Comissão Europeia) e mais recentemente em 2013, Prémio Business Internationalization Award by the british
government.
Estes prémios são a demonstração que a
persistência e a audácia são algumas das armas para criar, e que os jovens
também criam quando motivados e apoiados pelas instituições certas.
Como este exempl0 existem muitos
outros, nem todos desanimaram e estão a lutar, sem esperar que o Estado faça
alguma coisa, mas a tentar colocar em práticas ideias que possam ser um motor
de impulsão. Muitos são os jovens cheios de ideias, que se sentem sozinhos e
que precisam de trocar ideias com outros jovens, de outras áreas. Este é um dos
objetivos futuros do Portugal Potencial, interligar pessoas e criar novos
projetos. Por isso juntem-se a nós e acompanhem o desenvolvimento deste
desafio.
Autor: Hector Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário