sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Um país que se deixa morrer!

     

      Não poderia deixar de escrever um artigo sobre a temática do desânimo e da falta de ação por parte dos Portugueses. Após a notícia do Público sobre a emigração e a real manipulação dos números do desemprego, por parte do governo, só posso dizer que está na hora de sair desta letargia nacional. O estado zombie do povo português está a colocar o país numa situação sem retorno. A destruição da economia devido à austeridade, cega e sem controlo, está a colocar o país à beira do abismo. 

      A governação irresponsável que está a aumentar o desequilíbrio social, e que aos poucos asfixia a classe industrial, constituído por pequenas e médias empresas, é o grande responsável pelo triste estado do país. O aumento da carga fiscal e a redução de incentivos estão aos poucos a colocar alguns empresários numa saia justa, da qual podem não conseguir sair. A redução do poder económico da classe média, criada pelos cortes consecutivos e pela redução das condições de trabalho, têm influenciado negativamente o sector económico, devido a uma redução do consumo interno. A dependência da produção nacional, por parte do consumo interno, é um dos fatores a modificar no panorama futuro, pois esta dependência torna a economia pouco competitiva, e cria um ciclo de destruição. 

      Todos estes fatores criaram uma depressão generalizada e uma descrença da população das entidades do estado. A redução das condições laborais e o aumento do trabalho precário têm levado a uma redução da produtividade. A influência destes fatores sobre a capacidade laboral de cada trabalhador é elevada. Uma população explorada não trabalha com afinco e incentivo. A diferença entre classes, cada vez maior, provoca uma influência negativa sobre a classe trabalhadora, pois sente-se injustiçada e abandonada. 

      A resolução dos problemas da economia portuguesa passa por uma redução da dependência do produto externo, e um aumento da exportação. A redução da importação de todos os produtos que possam ser produzidos a nível nacional, e um aumento das exportações de qualidade é a única forma de equilibrar esta balança. Concorrer diretamente com os grandes países com produtos de qualidade e que ganhem pela variedade e diferença é a única forma de ganhar esta batalha económica. 

      A eliminação ou restruturação das tóxicas parcerias público-privadas e o reaproveitamento das empresas públicas, tornando-as mais rentáveis, é outra das medidas necessárias para uma recuperação centrada numa base sólida. A gestão do estado tem de ser efetuado como se de uma empresa se tratasse, controlando a produtividade de todos os sectores e reduzindo a burocracia e os empecilhos que encravam o sistema e levam a gastos desnecessários.
A redução da carga fiscal aos empresários e aos novos projetos de criação e o aumento de incentivos na produção e desenvolvimento de produtos transacionáveis é uma necessidade. Para podermos seguir em frente é necessário um aumento do poder industrial, que permitirá um aumento do emprego. 

      Espero que mais pessoas partilhem minha visão para a recuperação nacional e que, qualquer dia, possamos estar juntos a lutar por um país mais justo e com oportunidades. Se também pensam assim, deixem os vossos comentários, se não, podem dar-nos a vossa perspetiva da situação. A troca de ideias é sempre importante. 

Autor: Hector Nunes

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