quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

“O Sangue de Cristo” Português

 
     
      O rosto da europa, mencionado e enaltecido por vários poetas, encontra-se esquecido por detrás das sombras de uma crise que, todos nós incluindo o leitor, acaba por deitar a culpa de todos os males. O nosso país, o nosso Portugal, já passou por batalhas difíceis, algumas da quais não saiu vitorioso, mas mesmo assim, não se deixou derrubar e ERGUEU-SE. E nós iremos fugir e esquecer o país maravilhoso que temos? Iremos baixar os braços e não apostar no que de melhor existe em Portugal?
Existem várias formas de o fazermos, varias áreas nas quais existe a necessidade de apostar com mais afinco neste nosso território, e uma delas passa pelo sector vinícola.
“O Sangue de Cristo”, “a Dádiva de Deuses", e "Essência da Própria Vida”, são expressões que se referem a um produto, apreciado desde as mais remotas civilizações, que tem sido uma das grandes apostas e uma das áreas onde se verifica um valor muito positivo na balança comercial.

      Este sector, para além de resultar num elevado valor económico, tem ajudado na ocupação do meio rural, há muito esquecida e abandonada pelos próprios portugueses. A produtividade vinícola apresenta valores superiores á dos sectores agroalimentar e das indústrias alimentares em aproximadamente 4,35 a 1,6 vezes, o que o torna num alvo bastante aliciante. Portugal exporta mais de 70% da sua produção e encontra-se bem posicionado no que diz respeito aos países mais exportadores de vinhos do mudo, segundo dados da AGRO.GES.

      Muitos são os nossos vinhos distinguidos mundialmente, como o vinho verde da Quinta da Aveleda, colheita de 2012, que foi eleito o segundo no ranking da revista "Wine Enthusiaste" dos 100 melhores vinhos para se comprar em 2013; temos também Croft Vintage, de 2011, distinguido pela “Wine Spectator”, entre muitos outros, produzidos de norte a sul do país, que fazem furor no paladar dos críticos mundiais.

      Um exemplo de empreendedorismo e ambição nesta área leva-nos até finais de 2011, onde 4 irmãos, formados na área de gestão e vitivinicultura, transformam uma fonte de rendimento secundária num verdadeiro negócio de família no grande Douro, surgindo a R4 Douro Family e a marca de um novo vinho, “Mãos”. A principal dificuldade encontrada foi, de facto, precisamente no “plano financeiro”, porém os irmãos não desistiram, fizeram desse obstáculo um mero e insignificante obstáculo. Investiram em duas propriedades da família, em Mesão Frio, e, em cerca de três anos, expandiram-se pelo Douro acima, totalizando já 150 hectares espalhados por sete quintas. As 15 mil garrafas, resultante da primeira colheita, já alcançam entre as 300 mil e 400 mil garrafas, que cobrem mercado nacional e alcançam já outros países como Suíça, Holanda, e, possivelmente, França, Alemanha, Angola e Brasil. O “ Mãos”, já foi reconhecido pelos melhores e mais exigentes críticos portugueses e premiado com bronze pelo International Wine Challenge.


      Este vinho, totalmente português, esta família, totalmente portuguesa, são o exemplo significativo de que, afinal, o nosso país vale alguma coisa e tem do melhor para se explorar!

Autor: Jorge Faria 


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